“Até agora o primo pobre está com chance”, diz Bolsonaro sobre eleição

  • Por Jovem Pan
  • 05/02/2018 14h17
Johnny Drum/Jovem Pan

Em participação especial no Programa Pânico desta segunda-feira (5) o deputado federal e pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSC-RJ) comentou suas chances eleitorais e tratou de temas como economia, saúde, segurança pública, liberdade de expressão e a “pauta moral”.

Bolsonaro jurou “por Deus” que vai “fazer a diferença” caso se torne o próximo presidente.

“Até agora o primo pobre ta com chance”, disse o pré-candidato em referência a si mesmo.

Com promessa de filiação ao Partido Social Liberal (PSL) após ter “100% de garantia” de que será escolhido candidato, Bolsonaro disse que conta com um grupo de “cerca de 40 deputados” que defendem uma política “sem o toma-lá-dá-cá”.

O deputado ironizou a falta de suporte político à sua candidatura. “Eu tenho uma coisa que os outros não têm, eu tenho o povo”, disse.

Bolsonaro brincou com o fato de o PSL não ter tempo de mudar o seu estatuto para se adaptar às ideias do ex-militar. “O estatuto não tem nada a ver, o que vale é você”, declarou.

O pré-candidato ironizou o tempo que poderá ter de televisão caso não consiga alianças. “Dez segundos de televisão é tempo para caramba. Vamos ter as mídias sociais também. Acredito que a gente vai para o segundo turno, daí começa do zero”, disse Bolsonaro.

Otimista, o parlamentar brincou que se o pleito for definido no primeiro turno, “libera o povo de votar mais um domingo”.

“Até o fake news é válido”

Em meio a um intenso debate no Tribunal Superior Eleitoral sobre controle das notícias falsas (“fake news”) nas próximas eleições, o pré-candidato que assume ter nas redes sociais sua maior força de engajamento defendeu as “fake news” e criticou tentativas de “censura”.

“Acho que até o ‘fake news’ é válido, com todo o respeito. Até a população está aprendendo a lidar com o ‘fake news’”, disse o pré-candidato, questionado “qual é o limite de eu censurar?”

Ele citou a Alemanha, que recentemente aprovou leis que combatem discursos de ódio. “Na Alemanha o crime de ódio foi instituído e tem deputados que estão na iminência de ser presos porque eles estão contra a entrada indiscriminada de refugiados”, disse, condenando a situação.

Bolsonaro se disse, inclusive, favorável a uma “triagem para saber quem é quem que está entrando” (imigrantes) no Brasil. Isso se daria por meio de busca dos antecedentes criminais dos refugiados.

Citando a situação do Estado de Roraima, que recebe milhares de imigrantes venezuelanos, “gente fugindo da fome e da ditadura”, segundo Bolsonaro, o deputado disse ter “pena da prefeita de Boa Vista”.

“O Brasil abriu para todo mundo”, criticou o pré-candidato.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.