De volta com novo álbum, Skank critica lançamentos anuais: "Perde a graça"

  • Por Jovem Pan
  • 30/08/2018 14h01
Johnny Drum/Jovem Pan

O Skank traz um grande respeito na música brasileira desde quando começou, no início dos anos 1990. Passando por diversas fases na carreira, o grupo mineiro soube envelhecer bem, sem precisar lançar álbum ou singles anualmente para se manter relevante. No Pânico desta quinta-feira (30), a banda divulgou o lançamento de seu novo álbum “Os Três Primeiros”.

O grupo traz o repertório de seus três primeiros álbuns – Skank (1992), Calango (1994) e O Samba Poconé (1996), em show gravado no Circo Voador, na cidade do Rio de Janeiro. Mas o primeiro single do novo material é totalmente inédito: “Algo Parecido”.

“Não chega de ser uma homenagem aos fãs mais nostálgicos, mas não queremos sucatear nossa história, mostrando um pouco do que foi o Skank”, disse Samuel Rosa sobre o seu mais novo trabalho.

O disco chegará às plataformas digitais em três partes, sendo que a primeira estará disponível nas redes sociais já nesta sexta-feira (31). Sobre o Spotfiy, Samuel Rosa afirmou que não consegue tirar muito dinheiro por lá, mas elogiou a divulgação que o aplicativo dá para a banda.

“A gente não ganha quase nada no Spotify. Mas isso de certa forma está salvando as gravadoras, menos os músicos. Agora dá para saber quantas pessoas fizeram streaming de sua música. Isso é espetacular. Você monitora tudo. Se cada streaming valesse um centavo, teríamos noção exata de quanto nos renderia”, disse.

“Você vê o perfil de consumo, a cidade em que ele vive. Como ele ouve o Skank? Como ele chego até ali? Muita gente chega num single de uma banda porque ele está numa playlist fodona”, completou.

Os mineiros ficaram sem lançar nada inédito desde 2014, quando soltaram o álbum “Velocia”. O líder da banda explicou que ficar afastado é uma estratégia do Skank para criar um clima cíclico. Ele aproveitou para criticar o lançamento de singles quase que mensalmente e explicou a razão de não concordar com a prática.

“Hoje em dia é um pegue e pague. O Skank optou pelo caminho de não lançar single todo ano e toda hora. Quando a gente lança, vira um evento. Eu acho isso mais legal, quando a coisa é cíclica. Agora o cara lançar single o tempo todo? Perde um pouco a graça”, concluiu.

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