Em “Pancadélico”, Jota Quest volta às origens: “A ideia foi retomar o espírito do início”

  • Por Jovem Pan
  • 01/12/2015 14h24
Mayra Chibante / Jovem Pan

Em clima descontraído, o Jota Quest lançou há cerca de duas semanas seu mais novo disco, o “Pancadélico”, uma fusão das palavras ‘pancadão’ e ‘psicodélico’, que traz de volta essência inicial da banda mineira.

“Pela capa, pelo astral, nós conseguimos fazer algo melhor que o anterior. Black, soul… Está tudo aí! É o oitavo disco da carreira e com um álbum completamente novo, não só revistando as canções. É difícil de ficar se reciclando sempre, a ideia agora foi voltar, retomar o espírito do início”, contou Rogério Flausino, em entrevista ao Pânico nesta terça-feira (1).

Prestes a completar 20 anos de carreira, os músicos revelam que nem sempre a convivência é fácil, mas que eles foram aprendendo a lidar com as diferenças.

“As relações entre as pessoas ficam viciadas, aí a gente usa intermediários. Produtores executivos, de música, de banda, para intermediar as relações. A nossa convivência é muito intensa, vivemos muito tempo junto e é normal que essas coisas aconteçam”, explicou Marco Túlio.

“Na verdade, é alguém que vai ser meio que um mediador para agregar as nossas ideias”, completou Paulinho.

Isso influencia até mesmo na hora de produzir os trabalhos, quando eles preferem contratar um profissional de fora, não só para evitar os atritos individuais, mas também para poder trazer coisas novas.

“A gente tem um estúdio nosso, para ensaiar e gravar algumas coisas, mas a banda, depois de certo tempo, se autoproduzir fica chato, repetitivo. A gente sempre chama outras pessoas, não tem regra, o que importa é o resultado final”, contou o baixista Paulo Roberto, o PJ.

Responsabilidade social

Em paralelo à turnê nacional, os músicos também se engajaram em um show beneficente, que irá acontecer no próximo dia 8 e terá renda revertida para as vítimas do rompimento de uma barragem em Mariana, em Minas Gerais.

“Na verdade, o Criolo que deu o ‘start’ deste evento, ele falou com a Paula Lavigne, que foi convidando o pessoal todo, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Tulipa Ruiz, Emicida. É importante para gente também não deixar passar em branco a maior tragédia ambiental do Brasil, que está afligindo muito Minas Gerais e Espírito Santo, mas também atinge ao mundo inteiro. Está todo mundo convidado, a Esplanada do Mineirão é um lugar grande, estamos esperando muita gente para bater esse papo, se divertir e recolher uma grana para a galera”, completou Flausino.

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