‘Se o tema é meio ambiente, dou uma esquerdada’, diz presidente da CCJ da Câmara

Em entrevista ao Pânico, Felipe Francischini falou sobre a Amazônia, Bolsonaro e os problemas do PSL

  • Por Jovem Pan
  • 23/08/2019 14h17 - Atualizado em 23/08/2019 15h49
Jovem Pan Felipe Francischini (PSL-PR) foi o convidado do Pânico nesta sexta-feira (23)

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, Felipe Francischini (PSL-PR), afirmou, em entrevista ao Pânico, nesta sexta-feira (23), que o presidente Jair Bolsonaro precisa concentrar esforços para combater os incêndios na Amazônia.

Francischini ressaltou que defende o meio ambiente, mesmo que isso seja considerado um tema de esquerda. “Se o tema é meio ambiente, eu dou uma esquerdada”, disse o deputado. “A gente não vai deixar nada para a próxima geração”, lamentou, defendendo que quem caça onças e causa queimadas seja preso.

Também no Pânico, o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) questionou a preocupação do presidente da França, Emmanuel Macron, e de outros países europeus com a floresta. “O fato de ter uma atenção da imprensa internacional tão grande para essa questão é que o perfil dos parlamentos europeus mudou muito”, disse, citando que a bancada verde cresceu muito na Europa.

Ele também reconheceu que o discurso de Bolsonaro dá margem para questionamentos internacionais. “O discurso do Bolsonaro não ajuda, ele fala como se estivesse transformando a Amazônia em um estacionamento”, afirmou.

Bolsonaro e PSL

Apesar de criticar as falas de Bolsonaro, Felipe Francischini defendeu o presidente e afirmou que 90% das brigas que ele compra são corretas. “Ele está comprando uma briga com todo mundo ao mesmo tempo porque está sozinho”, disse.

O deputado federal também destacou que o governo precisa de mais diálogo com o Legislativo. “Falta diálogo do governo com o Congresso na hora de enviar os projetos. É natural o bate cabeça e acho que vai ser corrigido”, explicou.

O presidente da CCJ ainda comentou a situação do PSL. Ele reconheceu que há algumas divergências em seu partido, mas acredita que isso será resolvido. “O PSL é um partido que quando vai votar a pauta econômica é liberal, e na parte dos valores é conservador. Isso não vai mudar”, garantiu.

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