'Politica é como um esgoto', afirma cientista politico Adriano Gianturco

  • Por Jovem Pan
  • 27/08/2018 15h00
Johnny Santos/Jovem Pan
Adriano Gianturco é professor, escritor e cientista politico, nascido na Itália em Sicília, mora no Brasil há 8 anos depois de conhecer sua atual esposa mineira. Atualmente mora em Belo Horizonte, MG. Autor do Livro “Ciências da Politica” está em São Paulo para o Fórum Mitos & Fatos que ocorre nesta segunda-feira no hotel Unique.

Em entrevista ao programa Pânico, o professor falou um pouco da politica brasileira, Lava Jato e eleições. Para ele, ” a politica é como um esgoto”. As pessoas sabem que ela fede, mas só descobrem o fedor quando abrem a tampa, e que o problema do Brasileiro com a Lava Jato é que “as pessoas aqui parece que não sabiam que estava fedendo e ficaram chocadas com a descoberta”, afirma Adriano.

“Os brasileiros tem uma visão da politica muito idealizada, romântica. Eu não entendo esse negócio de ‘o Brasil que eu quero’. Existem 200 milhões de brasileiros que querem coisas diferentes, isso gera uma briga inimaginável. Ao invés de pensar assim, porque não pensar na ‘vida que eu quero'”. 

Sobre as eleições, o professor diz que o país está passando por um momento de “instabilidade politica” e que ninguém sabe o que vai acontecer com o futuro, mas que o novo presidente será “menos pior” do que o atual. 

Adriano acredita, também, que o maior desafio e a urgência do novo presidente será ter um congresso menos “fragmentado” que possa votar a reforma da previdência “nos primeiros dias de governo, são os dias mais fáceis para o presidente”, supõe ele. E que Lula está em primeiro lugar nas pesquisas porque é uma figura importante para o país. 

“As pessoas se lembram do Lula como presidente, na época, a economia está boa, teve um aumento de renda, o país estava crescendo. Foi uma coisa boa, independente do que aconteceu hoje, a época foi boa. E as pessoas se lembram disso”. 

O Italiano ainda vai além e diz que o horário eleitoral ultimamente não molda ou muda a opinião das pessoas e que a presença de um presidenciável em um debate ou o tempo na propaganda gratuita eleitoral não é mais importante quando se tem um grupo de Whatsapp. ” A internet está em primeiro plano, ela muda mais as opiniões das pessoas do que a TV, assim como a igreja ou a família, a televisão, hoje, está em segundo lugar”. 

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