Rafael Cardoso lembra momentos de "fenômenos sobrenaturais” no set do terror “O Rastro”

  • Por Jovem Pan
  • 02/05/2017 14h28
Johnny Drum/ Jovem Pan

Sets de filmagens de filmes de terror sempre envolvem histórias sombrias e com “O Rastro”, novo terror nacional protagonizado por Rafael Cardoso, não foi diferente. Em entrevista ao Pânico na Rádio desta terça-feira (2), o ator e o diretor do filme, J.C. Feyer, lembraram de “fenômenos sobrenaturais” durante as gravações do longa.

A dupla contou que um desses casos, inclusive, entrou para o filme. “Estava gravando uma cena em que [o personagem] estava em um devaneio quando uma porta abriu sozinha e bem devagar e eu sabia que não tinha ninguém do outro lado“, lembrou Rafael.

“O Rastro” se passa em um hospital abandonado do Rio de Janeiro. O local está para fechar e, enquanto o médico (Rafael Cardoso) se prepara para transferir os pacientes, uma menina some e as situações sombrias começam.

“Passamos por momentos que parecia que tinha 10 espíritos nos ombros”, falou Feyer ao contar que os atores e a equipe sentiam o peso da intensidade não só dos personagens e do roteiro, mas também do local de filmagem – um hospital que também havia sido fechado.

“A mãe da Natália Guedes [que faz a paciente adolescente desaparecida] contou que depois do primeiro dia de filmagem a filha chorou muito para descarregar a energia porque era muito intenso”, falou o diretor.

A preparação dos atores também não foi nada fácil. Para Natalia entrar na personagem, o diretor pediu a equipe para que ninguém conversasse com ela. “Ela devia ser tratada como uma sombra porque precisávamos colocar ela dentro do clima. Foi um mês de preparação pesada”, contou Feyer.

Apesar de reconhecerem a dificuldade de emplacar um terror nacional nos cinemas, Rafael e Feyer explicaram que o filme foi pensado com elementos brasileiros para que o público se identificasse com a história. Por esse motivo que “O Rastro” foi “completamente baseado em coisas que acontecem na saúde pública”.

“Foi um processo de 8 anos escrever esse filme, nós escrevemos 5 filmes diferentes até achar um verdadeiramente brasileiro”, falou Feyer sobre as formas de escapar de um formato americano. Outra dificuldade foi captar apoiadores e patrocinadores mas, para o diretor, o investimento veio da melhor forma possível ao invés de grandes produtoras, como a Globo, que poderiam interferir na história.

“Não é um filme que faz as pessoas rirem. É um filme denúncia, que denuncia a política, a saúde pública, a corrupção”, disse. “A Globo Filmes traz exposição, mas queríamos ter total controle sobre o filme, não queríamos uma comissão avaliando e dando palpite”, afirmou.

Em “O Rastro”, que estreia dia 18 de maio nos cinemas brasileiros, fica a cargo dos espectadores definir se o que acontece no filme são eventos sobrenaturais ou um terror psicológico.

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