Sérgio Hondjakoff se lança no funk e confessa: “precisava ganhar dinheiro”

  • Por Jovem Pan
  • 20/02/2014 14h14
Jovem Pan

Quando o nome de Sérgio Hondjakoff aparece, é praticamente impossível não se lembrar do personagem Cabeção, imortalizado por ele na novela Malhação entre 2000 e 2005. Apesar do grande sucesso que fez na época, no entanto, o ator passou os anos seguintes realizando trabalhos menos expressivos nas telinhas e acabou ficando afastado da grande mídia. Descontente com os rumos da carreira, resolveu inovar e, ao lado do parceiro Dino Boyer, lançou-se como cantor de funk. Em entrevista ao programa Programa Pânico nesta quinta-feira (20), ele apresentou sua primeira música de trabalho, Basta Tocar o Tamborzão, e falou mais sobre a nova empreitada. 

“Cansei de ficar na aba do meu pai. Sempre é ele que me solta a verba. Tiro até foto de cueca no Instagram e ninguém me contrata (risos). Eu precisava ganhar dinheiro. Sem falar que é legal ficar no palco, viajar, fazer shows”, disse. 

Dino também esteve nos estúdios da Jovem Pan e contou como surgiu a ideia de criar a dupla. “Canto há algum tempo e conheço o Serginho há mais de 15 anos. Somos amigos. Até que um dia o convidei para participar de um show comigo e, quando o coloquei no palco, vocês não têm noção do sucesso. A galera gritava ‘o Cabeção, o Cabeção’. Aí falei: ‘irmão, agora vamos ter que fazer essa dupla’. E ele topou”, explicou.

Depois de falar sobre a carreira musical, Sérgio relembrou sua carreira na televisão. Em 2006, um ano depois que saiu de Malhação, ele entrou para o elenco da também global Pé na Jaca. Seu personagem na trama, porém, não agradou tanto o público – segundo ele, pela falta de um caráter mais humorístico. Após outras participações menores em produções da casa, foi contratado pela TV Record e atuou em Betty, a Feia.  Sérgio Hondjakoff se lança no funk e confessa: “precisava ganhar dinheiro”

“Me arrependo de não ter ficado mais em Malhação para ver no que ia dar. Saí de lá porque eu quis. Fiquei com medo de o Cabeção começar a ter ceninhas pequenas, poucos textos. E o Ricardo [Waddington, diretor de Pé na Jaca] tinha prometido que me colocaria em outra novela”, afirmou. “Quando falo da minha carreira, sempre exprimo uma ‘tristezinha’. Fiz poucos trabalhos, fiquei 3 anos na Record e só fiz uma novela. Sou ruivo, ruivo é chato, deve ser por isso”, brincou em seguida. 

Durante a participação dele na bancada, Éric Muller e Gisele Frade, dois de seus companheiros de Malhação, passaram por lá e revelaram os motivos que os levaram a abandonar a trama.   

“Foi uma pena a Rede Globo ter nos deixado. Estávamos estourando. A presidente da empresa nos mandava cartas agradecendo, falando que batíamos sempre os números da audiência”, desabafou o antigo intérprete do personagem Farofa. “Não foi bem assim. Eles queriam até renovar, nós que quisemos tentar outras novelas”, rebateu a atriz que viveu Drica. 

Ao lado dos dois atores, Sérgio também trabalha hoje na produção de um novo seriado, chamado Super B, inicialmente previsto para ser exibido apenas na internet. O financiamento está sendo feito coletivamente, e quem quiser ajudar pode fazer contribuições pelo site http://catarse.me/pt/superb.

Graças à entrada no funk e a esse outro projeto, o artista volta, aos poucos, a ser notícia nos tabloides. O que, de acordo com ele, não é necessariamente bom. “Na semana passada falaram que eu fui barrado em um show da Anitta. Depois falaram que eu tinha me matado, tinha sido encontrado morto, não sei. A mídia me zoa. Queria ver se eu estivesse na novela das 21h da Globo. Estou há dois anos desempregado, sem emissora, não rendi tanto nos meus últimos contratos. Assim é fácil. Se eu tivesse produzido muito, fazendo altas ‘paradas’ todo dia, não sei o que iam falar”, reclamou. 

Ele também falou sobre algumas polêmicas enquanto estava afastado da televisão, como por exemplo o vídeo íntimo que caiu na internet. Ouça a íntegra da entrevista no áudio.

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