Parque Ibirapuera passará por reformas e parte do estacionamento será excluída

  • Por Jovem Pan
  • 12/02/2016 09h51
Rafael Neddermeyer / Fotos Públicas Parque Ibirapuera

 O Parque Ibirapuera passará por uma reforma que pode começar ainda neste semestre e vai excluir parte de estacionamento. A área em frente ao Obelisco será redesenhada com a construção de uma praça de piso permeável que vai ligar o espaço de espetáculos à Oca. A mudança não prevê modificações na Avenida Pedro Álvares Cabral, no entanto, será estimulada a chegada ao Parque por meio do transporte público.

O arquiteto responsável pelo projeto, Paulo Mendes da Rocha, diz a Anderson Costa que a obra vai reorganizar a entrada no Ibirapuera: “Estamos evitando que haja falta de critérios para as entradas, que sejam elas principais e nítidas. Algumas estão sendo eliminadas. E uma das principais será essa que fica entre a sala de concertos, a Oca e uma das pontas da própria marquise”. Paulo Mendes da Rocha ressalta que haverá intervenção na Oca com a criação de uma saída de emergência.

Já o secretário municipal de Cultura, Nabil Bonduki, afirma que algumas vagas de estacionamento serão suprimidas, mas sem interferência na comodidade do visitante: “O pequeno estacionamento que tem na frente da Oca e algumas vagas que tem na via que faz ligação com a Bienal, mas serão criadas novas vagas do lado de fora”. Bonduki afirmou que a intervenção não é complexa e que poderá ser paga com a ajuda de parceiros da Prefeitura.

A diretora do Movimento Defenda São Paulo, Lucila Lacreta, questiona se há a necessidade desta obra no lugar de outras mais importantes para a cidade: “Será que esse dinheiro que vai gastar no parque Ibirapuera não seria mais útil em um parque de periferia? Porque o Ibirapuera, bem ou mal, já é um parque bem consolidado. Às vezes carece de manutenção em um lugar ou outro, mas está bem cuidado”. Lucila Lacreta ressalta que este não é o primeiro projeto de reforma do Parque Ibirapuera e defende um diálogo mais amplo antes do início da intervenção.

A obra só poderá ser iniciada após autorização dos órgãos de defesa do patrimônio histórico das três esferas de governo.

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