PSDB paulista decide nesta noite se mantém apoio a Michel Temer

  • Por Jovem Pan
  • 05/06/2017 13h01

Governador de SP JONNY UEDA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO AE - Governador de SP

O PSDB paulista se reúne hoje com objetivo de aumentar a pressão para que o partido deixe a base do governo Temer. O encontro terá a participação de deputados federais, estaduais, prefeitos, e vereadores, entre outros integrantes do partido no Estado de São Paulo.

Na terça (6) será a vez da cúpula nacional da sigla discutir o tema, independentemente da retomada do julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE, que ocorre no mesmo dia.

A pressão para o PSDB deixar a base aliada aumentou após a divulgação da delação premiada da JBS. Os tucanos comandam atualmente quatro ministérios: Cidades, Direitos Humanos, Relações Exteriores e a Secretaria de Governo.

O presidente estadual do PSDB de São Paulo, Pedro Tobias, entende que o partido está pagando caro pelo apoio a Temer e afirma que isso pode se refletir em 2018. “O eleitor pode trocar a gente. A minha preocupação é a defesa do PSDB. Estou muito preocupado com o nosso partido porque, hoje, o PSDB está pagando caro por esse apoio para Michel, muito mais que o PMDB”, disse Tobias.

Pedro Tobias acrescenta que muitos vereadores e prefeitos tucanos do Estado estão preocupados com a situação do partido em âmbito nacional.

O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Cauê Macris, também defende que o PSDB deveria adotar uma postura diferente.

“É um momento de instabilidade, em que o País precisa manter a estabilidade. Eu mesmo, particularmente, quando tivemos essa denúncia (acusações da delação da JBS contra Temer), me posicionei claramente que o PSDB deveria entregar todos os seus cargos do governo e ser um partido independente, nem situação nem oposição, e votando o que é bom para o Brasil”, afirma o presidente da Alesp.

Cauê Macris afirma que o PSDB deve sair do governo, mas continuar apoiando a aprovação das reformas propostas por Michel Temer.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que se reuniu recentemente com Temer, destaca ao repórter Anderson Costa que não vai participar do encontro e lembra que é preciso serenidade.

“Essa não é uma decisão do Estado (de sair do governo Temer), essa é uma decisão nacional. Acho que nós não devemos nos precipitar. Então é cautela, pensar no Brasil, ajudar a economia para não ser agravada em razão da crise, esse é o bom caminho”, defende.

Na última sexta-feira, o presidente Michel Temer se reuniu em São Paulo com o governador Geraldo Alckmin para tentar evitar a debandada paulista.

O prefeito da capital, João Doria, disse que deve participar do encontro do PSDB Estadual, mas defende a permanência da sigla no governo.

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