“Reforma trabalhista não é para Temer”, diz senadora Ana Amélia

  • Por Jovem Pan
  • 21/06/2017 13h01 - Atualizado em 29/06/2017 00h56
Plenário do Senado Federal durante sessão não deliberativa. À mesa, senadora Ana Amélia (PP-RS) preside sessão. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado Waldemir Barreto / Agência Senado Senadora Ana Amélia

“Não é uma Brastemp que está no Palácio do Planalto”, reconhece a senadora Ana Amélia (PP-RS), referindo-se às fragilidades do presidente Michel Temer. Essa percepção não a impede, no entanto, de apoiar reformas propostas por Temer, como a trabalhista, em tramitação no Senado.

“Essa reforma não é do ou para o Temer, é uma reforma de interesse da economia brasileira, das relações de capital e trabalho mais modernizadas, com maioria dos próprios direitos dos trabalhadores”, disse Amélia nesta quarta-feira (21) em entrevista exclusiva à Jovem Pan.

A senadora do PP reconhece, porém, que as acusações contra o presidente dificultarão a aprovação da lei que muda as relações entre patrões e trabalhadores.

“O enfraquecimento institucional do presidente da República evidentemente contamina”, diz. “É um governo fragilizado com vários problemas, denúncias gravíssimas, mas o Brasil precisa funcionar, o Brasil precisa andar”.

“Essa hipótese (de a reforma trabalhista ser rejeitada em plenário) existe, mas eu penso que ela pode não acontecer em função da relevância (do projeto)”, aposta a parlamentar, lembrando que o próprio relator da proposta, o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) defende o desembarque tucano do governo Temer, mas apoia as reformas.

Ana Amélia ainda provoca a oposição de Temer, que conseguiu rejeitar a reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) nesta terça por um placar apertado de 10 a 9. “A oposição, que está fazendo um grande barulho, não sabe governar, mas sabe fazer oposição como ninguém no Brasil”, disse.

“A reforma trabalhista tem relevância, apesar da gritaria das correntes sindicais, que estão mais preocupadas em perder a obrigatoriedade da contribuição sindical”, afirmou.

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