Sem apoio, base de Haddad não consegue aprovar lei de zoneamento

  • Por Jovem Pan
  • 11/12/2015 07h45
Rodrigo Ramon/JP Moradores do Jardins protestam contra revisão de Zoneamento

 Prefeito Fernando Haddad não consegue apoio para liberar comércio em zonas estritamente residenciais e análise da nova Lei de Zoneamento é adiada. Sessões extraordinárias para discussão do projeto não tiveram quórum porque até mesmo a base governista questiona a proposta para cidade de São Paulo. Um dos maiores entraves é a permissão de comércio em vias dos Jardins, Planalto Paulista, City Lapa, Parque dos Príncipes e Alto da Boa Vista.

O líder do PSDB, Andrea Matarazzo, condena a abertura de bares, restaurantes, buffets, farmácias e confecções sob o pretexto de baixo impacto aos moradores: “Gera fila dupla na porta e trânsito, os vallets param nas ruas de dentro, usam como banheiro, fazem barulhos, param na frente das casas. Nós temos essas experiências na cidade que não deram certo”.

Associações de moradores protestaram nas galerias do legislativo contra a hipótese de transformar as regiões em novas versões da Vila Madalena. A alegação é de que o prefeito Haddad provocará mudanças estruturais de grande impacto e longo prazo: “Ao concentrar essas atividades econômicas em áreas mais centrais, se perde a oportunidade de criar atividades em regiões periféricas, com demanda dessas atividades”.

Outro ponto polêmico é a instalação de uma usina de lixo na Vila Jaguara, que terá o impacto óbvio da movimentação dos caminhões.

O líder do governo, Arselino Tatto, pretende discutir mudanças no texto para garantir as duas votações na próxima semana ou ainda antes do final do ano: “Vamos votar a primeira na terça-feira, após a eleição da mesa diretora. Depois podemos votar até o dia 30, então temos tempo de votar sim. Precisa de vontade política da casa”.

A aprovação da Lei de Zoneamento exige os votos de pelo menos 37 dos 55 vereadores, por isso, a necessidade do esforço da base governista.

Na terça-feira (15/12) Antonio Donato deverá ser reeleito como presidente da Câmara de São Paulo para 2016.

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