“Tem que pegar o dinheiro dessa turma”, diz jurista sobre soltura sem fiança de ex-diretor da Petrobras

O jurista e professor Luiz Flávio Gomes criticou a liberação do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, pelo ministro Teori Zavascki sem estabelecer uma fiança. Segundo ele, é preciso “pegar o dinheiro dessa turma” e se basear na justiça de outros países.

“Soltou agora o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Mas por que não fixar fiança? Tem que pegar o dinheiro dessa turma. Não, necessariamente, eles têm que ficar presos porque eles não vão matar ninguém na rua, (…) se vai soltar, solta com fiança, fixa milhões. Por que a justiça brasileira não copia os países civilizados? Que soltam os poderosos mediante a um pagamento de fiança de altíssimo valor, para garantir a reparação dos danos. Tem que haver ressarcimento do dinheiro público que foi roubado”, disse o jurista.

Gomes disse ainda que somente Paulo Roberto está solto somente porque o seu advogado entrou com o pedido e, os outros que também irão entrar com esse pedido, é capaz que sejam soltos também, com exceção dos que estão envolvidos com tráfico de drogas. Mas ainda reforçou a ideia da alta fiança.

“Só temos crimes de poderosos. É desvio de dinheiro público, é vazão de divisas, é lavagem de dinheiro. Esse povo não mata ninguém, esse povo não anda armado, não vai matar ninguém na rua, logo, solta, mas taca uma fiança de milhões. (…) Eles movimentaram R$ 10 bilhões (…), portanto taca uma fiança de milhões”, opinou.

Confira a entrevista completa do professor e jurista Luiza Flávio Gomes no áudio acima.