Três dos 22 índios feridos em confronto com ruralistas no MA seguem internados

  • Por Jovem Pan
  • 08/05/2017 07h17
Indios da etnia Gamela (Viana, no Maranhão) sofrem ataque na nova retomada de terra que estavam fazendo no municício de Viana. Cerca de 200 homens amarmados com armas de fogo homens com facões e paus. Há cerca de 10 feridos, os casos mais graves que estão sendo transferidos para a capital do estado São Luís. Os indígenas afirmam que o ataque já estava sendo organizado independente de acontecer ou não a retomada, pois havia um grupo que se auto intitulara "movimento pela paz" que estava incitando moradores do povoado Santeiro. A rádio local estava abrindo espaço para políticos contrários a retomadas, darem entrevistas - criando um ambiente de animosidade nos últimos dias. Ana Mendes/Cimi Índio gamela atacado em ataque no Maranhão por disputas de terra

Pelo menos 22 índios da etnia gamela ficaram feridos na última semana ao serem atacados por um grupo de fazendeiros com armas de fogo e facas no município de Viana, no Maranhão.

Uma nova apuração do Conselho Indigenista Missionário constatou que o número de feridos é bem maior do que o divulgado pelo Estado, que contabiliza somente cinco vítimas. Entre os atingidos estão duas crianças e um pré-adolescente.

Três indígenas seguem internados no Hospital Central, em São Luís.

O governo do Estado também negou um dos episódios mais violentos deste ataque, que, no entanto, é confirmado pelo Secretário Executivo do Conselho Indigenista Missionário, Cleber Busatto: “dois deles tiveram membros decepados, mãos cortadas e um deles teve as articulações dos joelhos cortadas à facão”.

De acordo com o pelo Governo do Maranhão os dados oficiais se limitam aos Gamela que deram entrada em alguma unidade hospitalar.

Os indígenas que tiveram as mãos cortadas, passaram por um procedimento de reconstituição e agora estão se recuperando, mas ainda não é possível ter certeza se os movimentos serão restabelecidos plenamente.

Os dois têm quadro de saúde estável e deixaram o Centro de Tratamento Intensivo.

*Informações da repórter Helen Braun

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