Entidades negam nova greve dos caminhoneiros

  • Por Jovem Pan
  • 03/09/2018 13h51 - Atualizado em 03/09/2018 13h54
Folhapress Porthus Junior/Agência RBS/Folhapress Informação de que uma nova greve surgiu nas redes sociais, depois que a Petrobras anunciou reajuste no preço do diesel

A Confederação Nacional do Transportadores Autônomos (CNTA), informou nesta segunda-feira, 3, que desconhece qualquer indício de uma nova greve dos caminhoneiros e que descarta qualquer mobilização entre sua base sindical, formada por 140 sindicatos e oito federações em todo o país.

Desde a última sexta-feira, 31, começou a circular a informação de que uma nova greve ocorreria depois a Petrobras anunciou um reajuste de 13% no preço do óleo diesel nas refinarias. No sábado, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou que vai atualizar a tabela que define os preços dos fretes em razão da variação no preço do combustível.

“Para a CNTA não há motivos para uma nova paralisação, uma vez que todas as medidas reivindicadas e negociadas com o Governo Federal na mobilização de maio, estão sendo cumpridas”, afirmou a entidade por meio de nota. “O presidente da CNTA, Diumar Bueno, também destaca que o Governo através da Agência Nacional dos Transportes Terrestre (ANTT), estabeleceu uma postura aberta de diálogo com a categoria e vem repassando todas providências adotadas em relação à lei no 13.703 que estabelece a instituição do piso mínimo do frete”, completou.

A Associação Brasileira dos Caminheiros (Abcam) também se manifestou e disse que não apoia uma eventual nova paralisação. O presidente da associação, José da Fonseca Lopes, no entanto, informou por meio de nota que “independentemente do aumento do preço internacional, o governo deve cumprir a Medida Provisória nº 838/2018”. A MP foi editada em maio deste ano e é resultado do acordo do governo com a categoria para pôr fim à greve nacional iniciada em 21 de maio. Pelo texto, o governo federal subsidia até R$ 0,30 por litro do diesel até o dia 31 de dezembro deste ano.

“A Abcam se mantém vigilante no cumprimento do acordo realizado com o Governo Federal. A Associação, que sempre acreditou no diálogo, fará o possível para evitar uma nova paralisação”, completou.

A nota também informa que a entidade solicitou uma reunião com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, para tratar do aumento.

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