Rodrigo Constantino: Vamos focar no que o MEC faz sob o comando de Vélez

  • Por Jovem Pan
  • 07/02/2019 20h42
Ernesto Rodrigues/Estadão Conteúdo A alternativa é desviar a atenção do essencial para o irrelevante, produzindo intrigas e picuinhas que nada agregam ao Brasil e aos brasileiros – nascidos ou não no Brasil

O ministro da Educação Ricardo Vélez Rodriguez está sob a mira de ataques desde que foi indicado ao cargo. O motivo principal é seu viés conservador, mas o pretexto varia de acordo com a ocasião. O principal é sua origem colombiana, fator trazido à tona com frequência por seus detratores.

Quando Vélez ataca o brasileiro que viaja ao exterior e rouba coisas do avião ou do hotel ele está fazendo uma óbvia generalização. Se qualquer brasileiro falar a mesma coisa não será motivo para tanto espanto ou revolta. Fica a impressão de que só a gente pode atacar certos traços culturais, que são, repito, sempre generalizações injustas com quem age diferente. E esse “a gente” terá de ser especificado e reduzido para quem nasceu no Brasil, já que Vélez é, sim, brasileiro naturalizado.

Minha sugestão: vamos focar no que o MEC faz sob o comando de Vélez, em vez de dar tanta ênfase à sua origem colombiana. A alternativa é desviar a atenção do essencial para o irrelevante, produzindo intrigas e picuinhas que nada agregam ao Brasil e aos brasileiros – nascidos ou não no Brasil .

Fecho com um comentário de Carlos Lacerda: Tudo o que o Homem criou, desde que foi ele próprio criado, destina-se a servir à sua liberdade de escolha, à sua razão, à sua vida natural e, para os crentes, à sobrenatural. A Nação é uma dessas criações, e não a mais feliz nem definitiva. Não é preciso nos embrenharmos numa análise da origem do nacionalismo, que levaria muito longe embora fosse instrutiva, para afirmar que o nacionalismo é a doença do patriotismo, como “a demagogia é a doença da democracia”.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.