Ceará já soma 383 presos por onda de atentados; governador se reúne com ministro da Defesa

  • Por Jovem Pan
  • 16/01/2019 20h44 - Atualizado em 16/01/2019 20h49
Jarbas Oliveira/Estadão Conteúdo Onda de ataques no Ceará começou em 2 de janeiro

O número de pessoas presas por suspeita de participação na maior série de atentados criminosos da história do Ceará chegou a 383 nesta quarta-feira (16). Em meio à violência, o governador Camilo Santana (PT) participou de reunião no Ministério da Defesa.

A ação de facções teve início no dia 2 de janeiro e ainda não cessou. Todo o estado está em alerta, especialmente a região metropolitana de Fortaleza. Prédios públicos, viadutos, estradas, ônibus e locais com veículos foram atacados e incendiados.

As prisões desta quarta não foram concentradas e aconteceram em todo o território cearense. As polícias estaduais continuam atuando em esquema reforçado, com apoio da Força Nacional, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal.

Além das detenções – que incluem a apreensão de adolescentes -, a Polícia Civil comunicou a apreensão de 700 quilos de explosivos em um apartamento de Fortaleza. O material poderia ser utilizado em novos atentados.

Reunião

Camilo Santana viajou a Brasília nesta quarta e se reuniu com o ministro Fernando Azevedo e Silva, à tarde. “Aproveitei para apresentar relatório das ações, dos fatos e das medidas tomadas e agradecer o apoio que tem sido dado”, relatou.

Em conversa com jornalistas ao fim da reunião, o governador do Ceará relatou que discutiu com o ministro da Defesa novas formas de flexibilizar empecilhos ao emprego das Forças Armadas em situações como essa.

“Existem questões legais, que precisam ser revistas pelo Congresso, que restringem algumas ações. Mas estamos tentando encontrar caminhos para superar essas questões, como a participação das Forças Armadas nos estados”, afirmou, sem dar detalhes.

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