Bombeiros buscam vítimas no 4º dia de trabalho em escombros de prédio

  • Por Jovem Pan com Estadão Conteúdo
  • 04/05/2018 09h17 - Atualizado em 04/05/2018 09h24
Estadão Conteúdo/Amanda Perobelli AMANDA PEROBELLI/Estadão Conteúdo Mais duas máquinas pesadas começaram a trabalhar na retirada de escombros e na busca por sobreviventes por volta das 6h desta sexta-feira, 4, quando os bombeiros deram início ao uso de mais um rompedor e uma retroescavadeira. As duplas de máquinas trabalham em conjunto: com extremidade pontiaguda, o r

O trabalho do Corpo de Bombeiros nos escombros do Edifício Wilton Paes de Almeida, no centro de São Paulo, entrou em seu quarto dia de duração.

Mais duas máquinas pesadas começaram a trabalhar na retirada de escombros e na busca por sobreviventes por volta das 6h desta sexta-feira, 4, quando os bombeiros deram início ao uso de mais um rompedor e uma retroescavadeira.

As duplas de máquinas trabalham em conjunto: com extremidade pontiaguda, o rompedor perfura e quebra lajes de concreto. Todo o entulho é carregado por uma retroescavadeira.

De acordo com o capitão do Corpo de Bombeiros Marcos Palumbo, a maior preocupação no momento é a “localização das vítimas que estão embaixo dos escombros”, explicou.

Sobre a quantidade exata de vítimas que possam estar embaixo dos escombros, Palumbo explica que nesse momento os bombeiros estão resolvendo um “quebra-cabeça”, uma vez que o prédio teve suas características originais alterados. “Era um controle de acesso, então quando você faz uma redução da rota de fuga, pode acontecer de ter mais pessoas lá dentro, nós não sabemos.”

Segundo ele, neste quarto dia de trabalhos dos bombeiros, a expectativa é de localizar vãos onde podem estar os desaparecidos, as chamadas “células de sobrevivência”. “Elas vão estar em alguns pontos da edificação. No momento em que a gente faz a retirada dessa grande quantidade de entulho sobreposta ali no local, a gente consegue achar vãos”, disse Palumbo.

“Toda vez que a máquina vai a algum ponto, o bombeiro vai junto para procurar indício humano, mas ainda não foi encontrado sinal de vítimas ou corpos.”

Até esta sexta-feira, foram localizados entre os escombros roupas, botijões de gás e bastante lixo. De acordo com o capitão, os fossos dos elevadores eram utilizados para descarte de lixo dos moradores do prédio – que podiam se transformar em material inflamável.

Prédio vizinho

Os bombeiros também enfrentam estão atentos ao risco de descolamento de pedaços do prédio vizinho Wilton Paes de Almeida.

Também atingindo pelo incêndio, o prédio tem partes que podem se soltar, como reboco, ar-condicionado e partes das pastilhas da fachada.

Jovem Pan

De acordo com Palumbo, nesse momento não há chances de o prédio também vir abaixo. “Os bombeiros estão monitorando esse prédio com um equipamento a laser desde que o incêndio foi controlado”, explicou.

Segundo ele, qualquer edificação sem nenhum tipo de anomalia tem uma movimentação normal. Por enquanto, a construção está “dentro desses padrões de movimentação”. ” Se acontecer algo, o alarme irá tocar e teremos que sair daqui”, disse Palumbo.

 

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